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Feliz agora e sempre!!

Queridos amigos, espero que tenham passado um bom final de ano e que estejam firmes e fortes para esse recomeço.


Meu marido escreveu um texto que quero compartilhar com vocês porque diz muito sobre o  que eu quero viver nesse e nos próximos anos e o que desejo para vocês.


"Ano Novo, vida nova... Mas geralmente ficamos no ano novo, vida velha!
Já estamos carecas de saber que Jesus provavelmente não nasceu em 25 de Dezembro. Se pudéssemos lhe perguntar sobre isso ele provavelmente estranharia perdermos uma oportunidade tão valiosa com uma questão tão fútil! Ou imagino que nos responderia com uma pergunta – no que esse conhecimento exato iria refletir na sua Fé, no seu Ser, na sua prática junto ao próximo, nas suas responsabilidades perante a Vida Maior?  Se olharmos um pouco só para a história, podemos escolher muitos calendários, que nos levariam a datas bem diferentes entre si. Portanto, apesar da nossa mente precisar de balizas, cada cultura cria seu sistema de contexto e conveniência. No caso da nossa sociedade ocidental capitalista, fazemos uma salada que inclui velhinhos de barba,  duendes, magos, luzes, santos e calendários, tudo para incitar um ciclo de compras assim facilitando a vida das indústrias e do comércio. Os físicos podem debater bastante, mas para nossos fins práticos, creio que em qualquer cultura o tempo é marcado de uma maneira unidirecional, e que independe de nossa pobre percepção subjetiva.
Resultado prático: o tempo passa independente de nossas ações, pensamentos, criações. Nenhum show de fogos, missa do Galo, presentinho, saltos por ondas, simpatias ou sementes de romã vão mudar isso, e muito menos nos mudar. Mentalizar é muito legal, mas decidir e agir é melhor ainda. O tempo de poder é o presente, seja em que ponto de qual calendário ele esteja. Assim, desejo a todos uma Vida, assim mesmo com “V” maiúsculo, e que as muitas “fichas” que têm de “cair” nas nossas mentes e corações, caiam em solo fértil de ações profícuas e transformadoras, e não no vazio da rotina massacrante. Não espere o ano novo, a pessoa nova, o peso novo, o emprego novo, o carro novo. Ame-se e ao seu próximo agora, faça caridade hoje, abrace quem tem vontade já, ligue nesse instante pra quem acha que tem de ligar. Posso morrer antes de terminar essas linhas, mas como acho que a morte é um outro espaço-tempo para mim mesmo, vou continuar fazendo, amando, trabalhando, essas ou outras coisas. Desejo também a todos uma vida com os “NDO” ao fim de cada verbo apropriado. Continuem amando, abraçando, cantando, dançando, lendo, planejando, sentindo, questionando, executando, felicitando sempre, no moto contínuo do existir, existindo. Espero que passem pouco tempo no piloto automático do lamentando, reclamando, odiando, remoendo, chorando, procrastinando, só sobrevivendo.  Como me disse um amigo, a eternidade é uma sucessão de momentos, mas para cada Ser certos momentos podem ser eternos. Desejo que sejam ternos seus momentos eternos; que a mágoa e a frustração estejam gravados na areia; que a gratidão, o Amor e a Fé estejam incritos na rocha firme. Que a Vida no agora seja bem distinta da vida na ansiedade, pois a ansiedade é viver no futuro, esquecendo do agora. Que, nas tempestades da vida, que podem vir a qualquer tempo e levar tudo sem avisar, possamos passar agindo, raciocinando, orando, confiando, resistindo e... vencendo ao final!  Que o nosso senso de vitória seja amplo o bastante para perceber que, em certos lances da vida, ganhar é perder e perder é ganhar.
Feliz agora e sempre!"
Autor: Eduardo Novaes Ramires / dezembro de 2011